Domingo de Páscoa.
Na Galheta, encontramos dois surfistas. Eles ficaram de lado, observando as condutas.
Um rapaz, paulista, veio me pedir para cuidar das suas coisas: iria nadar um pouco. Fiquei com medo mas sorri e consenti: mar revirado, cheio de repuxo... Ainda comentei: Amigo, esta é uma praia naturista com opção ao nudismo, pode tirar o calção! Ele riu e eu disse: Bem, vai molhar seu calção...
Ele foi e logo o mar o puxou para o fundo e para perto do costão. Levantei e fiz sinal para João, que foi até a beira d'água e o chamou. Sem dar pé, ele foi segurando no rochedo e salvou-se. Os dois surfistas também estavam atentos.
Ele veio falar comigo, disse-lhe dos perigos daquele mar e das perdas que já tivemos. Era Páscoa, agora, e tudo acabava bem. Os dois surfistas também se achegaram, o paulista se foi e ficamos conversando, eles, de seus receios de tirar a roupa, pois afinal, eram ilhéus... Fizeram várias perguntas sobre o 'nudismo' e expliquei-lhes que o nudismo era apenas um aspecto do naturismo, que contemplava uma opção mais ampla de vida, com a busca de uma compreensão total de planeta, de universo, de humanidades, de consumo e reaproveitamento dos dons e dádivas recebidos do universo. Passava por reciclagem, pacifismo, democracia, tolerância...
Enquanto isso, uma ave passeava, nua, completamente, pelas areias da Galheta...
terça-feira, 26 de abril de 2011
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